6 de abril de 2016

Eleanor Alice Burford Hibbert: Uma escritora, vários pseudôminos, incontáveis memórias.



Eleanor Alice Burford Hibbert, falecida em 1993, aos 92 anos de idade, foi uma das escritoras inglesas mais prolíficas de sua época. Usou vários pseudônimos: Eleanor Burford, Elbur Ford, Anna Percival, além dos mais conhecidos: Jean Plaidy, Phillipa Carr e Victoria Holt. 

Foi como Jean Plaidy que escreveu suas obras mais famosas, uma série de ficção histórica de quatorze livros da Saga Plantageneta, sobre a formação dos reinos da Inglaterra e da França. Confesso que não li ainda, por não ser fã do gênero de ficção histórica. Li algumas obras que ela escreveu como Phillipa Carr. Porém, os livros que me encantaram mesmo foram os que ela escreveu como Victoria Holt.



Meu primeiro contato com a escritora, que se tornaria a minha favorita durante anos, foi resultado do garimpo na estante de casa, quando achei os volumes de livros condensados da revista Seleções. "A Bruxa de Mount Mellyn" foi publicada nessa coleção em 1964, mas eu devia ter uns 14 ou 15 anos quando li pela primeira vez. 

Sinopse:

Martha Leigh era jovem,altiva e pobre quando foi para Mount Mellyn como governante.Na superfície o lugar era um paraíso:uma vasta mansão antiga rodeada de jardins exulberantes no belo litoral da Cornualha.Mas por dentro Mount Mellyn era um emaranhado de corredores escuros e portas secretas,com videiras de onde olhos cultos observavam Martha;e no íntimo das pessoas ela encontrou também recantos escuros e sombras ameaçadoras.
Haveria algum trágico segredo na morte de Alice,a governante anterior?E de onde vinha aquela sensação de presença de Alice na mansão imensa?
Envolvida no drama contra a sua vontade,Martha acabou forçada a enfrentar as ameaças de Mount Mellyn.O que aconteceu a seguir,constitui o desenrolar dramático de uma trama composta de mistério e lirismo,e cheia de surpresa até para o leitor mais experimentado em livros desse gênero.

Fiquei encantada com a atmosfera gótica de suspense e mistério, isso sem falar da boa dose de romance. Uma mistura de Rebecca com Jane Eyre, dois dos meus clássicos favoritos. Infelizmente, naquela época pré internet não era muito fácil ir atrás de um escritor não tão famoso assim, e o resultado foi que li e reli o livro da bruxa, como eu o chamava, várias vezes. Até eu me mudar para os Estados Unidos por um ano para fazer intercâmbio.



Na biblioteca pública de Longmeadow, Massachusetts, eu me deparei com a coleção praticamente completa das obras de Victoria Holt. Li praticamente tudo. Só ficaram faltando uma ou duas obras que, mais tarde, eu viria a ler. Naquela época eu fiquei encantada com a trama de On the Night of the Seventh Moon (Na Noite da Sétima Lua), um dos meus favoritos até hoje, entre tantas outras. 

Sinopse:

De acordo com uma antiga lenda da Floresta Negra, na noite da sétima lua, Loki, o deus da trapaça, está solto no mundo. É uma noite de de alegria, cantos e dança. E uma noite para se amar.

Helena Trant se encanta pela Floresta Negra, principalmente por suas lendas, e acaba vivendo uma delas. Na noite da Sétima Lua, porém, o encantamento acaba virando um terrível pesadelo.


Quando finalmente as obras começaram a aparecer na forma de pocket books importados, eu tive finalmente a satisfação de ter esses livrinhos comigo, juntando a eles outros favoritos, entre eles "The Demon Lover", esse, ao que pude constatar, infelizmente sem tradução para o português.



Se você procura alguma coisa boa para ler em um dia frio e de chuva - coisa rara hoje em dia, eu sei - não há nada melhor do que um Victoria Holt. A maioria dos livros foi sim traduzida para o português, e acredito que, hoje em dia, podem ser encontrados em sebos, sejam eles físicos ou virtuais, como na Estante Virtual, Livronauta, Skoob, entre tantos outros, por exemplo. É diversão garantida.




Ou, em último caso, procure naquela estante abandonada e esquecida da sua avó. Nunca se sabe!



Boas leituras!

:-)

S.


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