27 de janeiro de 2017

Livro do dia: Biblioteca das Moças, vários autores


(Bernard Charoy)

A razão pela qual incluo esses livros aqui é puramente sentimental, como vem acontecendo com muitas das obras que venho apresentando. Quem se lembra desses romances vai, sem dúvida, sacudir a cabeça e dar uma risadinha: “Coisas de Sandra”, dirão.

Quanto esses livrinhos de capa verde passaram pelas minhas mãos eu devia ter uns 12 ou 13 anos. Já eram considerados antigos e fora de moda, empoeirados encalhados nas estantes da minha avó e das minhas tias. Minha tática era sempre a mesma: lia o final do livro primeiro, e se ele terminava de maneira trágica, eu nem queria saber. Lembro-me que li e reli os que encontrei na casa da minha avó, depois o alvo foi a estante de uma de uma tia, na qual encontrei alguns volumes diferentes. Só que essa minha tia era extremamente possessiva com os livros dela, e eu não conseguia relê-los ou ficar com eles por muito tempo.  

Por incrível que pareça, foi somente no início deste ano que finalmente consegui online uma trilogia que me causou forte impressão na época, por trazer o tipo de herói que sempre procurei nos romances – o vilão que se redime. Procurei durante anos e anos para reler e nunca consegui encontrar em forma eletrônica. Não é a mesma coisa, é claro – eu preferia aqueles empoeirados livros de capa verde. Foi interessante relembrar a história e verificar que, se escrita hoje, teria o mesmo desfecho, mas a narrativa seria bem diferente. 




Título:
Livros da Biblioteca das Moças

Biblioteca das Moças foi uma coleção de romances publicada pela Companhia Editora Nacional, no Brasil, entre 1920 e 1960, especializada em literatura para jovens mulheres. A coleção era composta por cerca de 180 volumes, compreendendo romances de vários autores, a grande maioria assinada por M. Delly. Publicados entre 1920 e 1960 pela Companhia Editora Nacional, de São Paulo, com a reedição de alguns exemplares nos anos 80. 

(Fonte: Wikipedia)



Autores:

Vários, sendo o mais conhecido M. Delly, pseudônimo do casal de irmãos franceses Frédéric Henri Petitjean de la Rosiére (Vannes, 1870 – Versailles, 1949) e Jeanne Marie Henriette Petitjean de la Rosiére (Avignon, 1875 – Versailles, 1947), escritores franceses.




Ano de publicação:
Aqui no Brasil, os livros foram publicados entre 1920 e 1960. 

Língua original:
Francês ou inglês, dependendo do autor.




Edição em português:
Sim. Muito difíceis de serem encontrados, mesmo em sebos. Existem alguns livros online, que podem ser encontrados em buscas mais aprofundadas. 

Indicado para: 
Adultos com alma vintage.


(Bernard Charoy)


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