31 de março de 2016
Dica de leitura: Brenda Novak
Eu jurava que a autora que escolhi indicar hoje tinha alguns livros traduzidos para o português. Sentia essa necessidade nesse blog, já que parece que só indico obras que nāo foram traduzidas. Pois é, parece que, infelizmente, ainda nāo vai ser dessa vez. Para quem lê em inglês, por favor, sigam-me em mais essa aventura literária. Para quem nāo lê, fica o incentivo para começar. E para as editoras, na remotíssima possibilidade de que vejam esse blog, fica a dica e o recado.
Nāo resisto uma boa contadora de histórias. Ainda mais quando é despretensiosa, sem intençāo de escrever uma grande obra literária, mas simplesmente divertir, distrair das mazelas do dia a dia. Às vezes a nossa alma pede isso, nāo é?
Nos últimos dias, caíram em minhas māos dois livros de Brenda Novak. Trata-se de uma escritora americana de romances de relativo sucesso, e realmente me surpreendeu o fato de que nenhum de seus livros tenha sido traduzido para o português. Pelo menos que foi isso que uma breve pesquisa na internet me indicou. Brenda Novak iniciou a carreira escrevendo o que eu chamo de romancinhos de banca de jornal, porém, seguindo a trajetória de muitas outras como ela, evoluiu, ainda que dentro de seu gênero, que é a literatura romântica. As tramas se tornaram mais ricas e mais densas, os personagens mais bem desenvolvidos.
Os seus livros mais recentes nāo tem a quase poética riqueza de detalhes que tem as obras de Kate Morton (uma favorita minha) tem, por exemplo. Mas Brenda Novak tem o talento de criar tramas simples, mas irresistíveis, ainda que sem mistérios inexpugnáveis ou reviravoltas mirabolantes. Ela até colocar uma pequena dose de mistério nas histórias, mas esse nunca parece ser o foco central. Por outro lado, em comparaçāo com outras escritoras de romance, ela é mais "pé no chāo", sem, contudo, chegar a um realismo excessivo que é, pelo menos para mim, desconfortável. Por exemplo, seus heróis nāo sāo megamultimilionários que levam a heroína passear de helicóptero por aí. Elas, por sua vez, nāo sāo beldades do tipo capa de revista de moda.
Parece que nāo, mas tudo isso funciona muito bem, pelo menos para mim, prende a atençāo. Ela consegue fazer com que mergulhemos na história completamente, esquecendo-nos do munto à nossa volta. Para mim, ultimamente, é o que basta.
Os dois livros que me chamaram a atençāo foram os seguintes:
"When Snow Falls" (Quando a Neve Cai)
"The Secret Sister" (A Irmā Secreta)
"When Snow Falls" (Quando a Neve Cai) faz parte de uma série de livros da autora cuja história se passa em uma cidadezinha fictícia (creio eu) da California chamada Whiskey Creek. É um romance mais convencional, mas nāo consegui parar de ler até o final. Só achei a maioria dos personagens coadjuvantes irritantes demais. Esses coadjuvantes tem as suas próprias histórias em outros livros da série, e, talvez por isso, eu nem irei lê-los... Mas gostei muito, mas muito mesmo, da história. Sei que esgou sendo repetitiva, mas gostei mesmo. O mistério da verdadeira origem da protagonista vem na dose certa, fica sempre no fundo da trama, embora eu ache que poderia ser um pouquinho mais desenvolvido no final. Uns dois ou três capítulos a mais seriam muito bem vindos. Mas sem aqueles amigos hipócritas e falsos moralistas querendo se meter na vida da mocinha, por favor!
"The Secret Sister" (A Irmā Secreta) é o melhor dos dois. E já digo isso antes de terminar de ler! Sem personagens irritantes e enxeridos dessa vez, esse sim, é mais carregado no mistério, sem deixar de lado o romance. A história se passa em uma ilha da costa da Carolina do Sul chamada Farnham, onde a protagonista vai se refugiar depois do trauma da morte da filha ainda bebê e do subsequente divórcio do marido. Lá ela tenta lidar com o relacionamento conflitivo com a māe, uma matriarca da aristocracia local, além de reencontrar Rafe, que traz de volta a memória de seu único ato de rebeldia adolescente. Fora tudo isso, aquele elemento de mistério - a tal da irmā secreta do título. É irresistível. O segundo livro da série de histórias passadas na ilha deve sair em agosto deste ano. Já está na minha lista...
Fica a dica: Brenda Novak, se chegar traduçāo aqui, pode comprar!
Boas leituras!
:-)
S.
Contadora de histórias
Bom dia!
Nas minhas leiturinhas, redescobri uma excelente contadora de histórias. Dica de leitura mais tarde no blog. No mais, continuo me deliciando com os personagens exóticos de Meia Noite no Jardim do Bem e do Mal, de John Berendt. E mais um capítulo do segundo livro do Lemony Snicket.
Boas leituras!
:-)
S.
30 de março de 2016
Eureka!
Tive um insight agora há pouco durante meu cochilo pós almoço. Nunca escondi de ninguém que brinco com a idéia de escrever um livro. Nāo tenho a mínima intençāo de publicar, o que mais me fascina, mais me diverte, é brincar com a história e personagens que tenho na cabeça. Sāo is meus universos paralelos, as minhas realidades imaginárias.
Ultimamente tem sido difícil para mim escrever qualquer coisa, ficçāo ou nāo ficçāo. Esse blog mesmo, que inicialmente era para ser de crônicas e resenhas, tem virado mais um meio de compartilhar minhas imagens favoritas. Nāo que eu nāo goste, muito pelo contrário, acho que esse meu cantinho está ficando lindo. Voltando ao ponto, a melhor dificuldade tem sido de ordem técnica. Meu notebook nāo colabora mais comigo. Também o que eu quero, tem uns oito anos, o coitado! E escrever um texto grande em um tablet nāo torna a escrita agradável e fluída como deve ser. Pois bem, resolvi acabar com pelo menos esse problema. E já estou pensando em voltar a escrever...
Pois bem, há muito duas historias brigam na minha cabeça. O problema é que eu queria fazer disso uma história só, e os elementos de cada uma disputavam espaço entre si. Isso provavelmente só faz sentido para quem um dia já tentou escrever um conto ficcional. Sem dúvida essa é uma das razões pela qual nunca passei da sinopse e do terceiro capítulo Hoje eu finalmente percebi o que estava tāo na minha cara. Nāo é uma a história na minha cabeça, sāo duas. Nāo sāo dois os personagens principais, mais quatro, cujas histórias se entrelaçam.
Talvez agora um dia eu consiga passar do terceiro capítulo!
Agora é só esperar aquele computador novo chegar... Enquanto isso, vou consertar aquela velha sinopse...
:-)
S.
Cápsula do tempo
"Quando o destino fecha uma porta, poderíamos abrir uma garrafa de vinho.
Quando o destino fecha uma porta, poderíamos abrir um livro."
F. Carpinejar, Para onde vai o amor?
***
Um armário há muito tempo fechado finalmente aberto. Uma cápsula do tempo. Tesouros. Cartas, fotos, cartões, lembranças e lembrancinhas, revistas... E livros. Muitas portas fechadas e muitos livros a abrir e reabrir. E o cálice de vinho esperando no final do dia, quem sabe, para pensar sobre tudo isso...
:-)
S.
***
Imagens: Alguns dos livros encontrados no meu antigo guarda roupa. Fotos editadas com os aplicativos Autodesk Pixlr e Paper Pictures. Fotos S.C. Zerbetto
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