30 de junho de 2016

A leitura na arte: Paul Cézanne


Aquele leve colorido vintage...


























A leitura na arte: George Agnew Reid, Fruto proibido


Sobre um certo fantasma...




Fui inspirada a escrever esse artigo pela simples imagem da capa de um livro que publiquei neste blog hoje. Aí então eu me lembrei desse clássico da literatura gótica de horror: O Fantasma da Ópera,  de Gaston Leroux

Um homem é encontrado enforcado em um dos subsolos do teatro. Uma lanterninha conversa com uma voz que se identifica como 'Fantasma da Ópera'. Os diretores do teatro recebem bilhetes assinados pelo Fantasma. Uma cantora, Cristine, tem aulas com uma voz masculina que ela pensa ser o Anjo da música. Raul, visconde de Chagny, apaixona-se por Cristine, sua amiga de infância. A partir daí desenvolve-se uma narrativa cheia de suspense, amor e humor. Ao contrário do que pode sugerir o título, é muito mais do que uma narrativa de terror. Emociona e faz pensar.





É uma ótima leitura, recomendo a quem não leu ainda e só conhece a história pelos musicais e filmes por aí. Isso porque poucos outros livros inspiraram tantas versões, no teatro, cinema e na própria literatura. O próprio livro de Leroux não deixa, afinal, de ser uma variação em si, do conto de fadas francês A Bela e a Fera. Talvez a adaptação mais famosa, que se tornou um sucesso mundial, foi a versão para o teatro musical de Andrew Lloyd Webber. Sobre este musical baseou-se o ultimo filme baseado na obra, com Gerard Butler e Emmy Rossum nos papéis principais.


Vamos ao livro original, primeiramente. É uma leitura gótica, sombria, em ritmo mais lento. O fantasma do livro é muito mais aterrorizante e cruel que as suas mais recentes versões no cinema e teatro, com praticamente nenhuma qualidade que o redima. O final, ao contrário do que acontece no musical e especialmente no filme de 2004, não tem nada de ambíguo. Um outro livro, esse moderno, que nos apresenta uma versão interessante do ponto de vista de Erik, o fantasma, é Phantom, de Susan Kay (sem tradução para o português), que, das variantes literárias mais modernas, talvez seja a melhor. Nele, Erik conta a sua história desde a mais tenra infância. É um mergulho interessante na psique deste personagem tão complexo, e é pena mesmo que não exista tradução no Brasil. Foi, contudo, traduzido para o espanhol.




Existe também uma série de livros escritos pela americana Sadie Montgomery, que narra o que poderia ter acontecido com Erik depois daquela noite trágica na sua Ópera. Sadie baseou seus personagens no filme de 2004, daí eu classificar a obra como fan fiction. Também não existe tradução para português, mas para quem é fã do musical e do último filme, é um trabalho bastante interessante.

Boas e fantasmagóricas leituras!

:-)

S.

A leitura na arte: Georges d'Espagnat, Jovem lendo


Leitores célebres: Vanessa Redgrave


Capa de livro: O Processo, Franz Kafka


Capa de livro: Tales of Magic and Mystery


A leitura na arte: Gari Melchers


Pequenos leitores: Telsa


Livros e leitores: Simon Cooper



A leitura na arte: Ignacy Machlanski, O Problema


Capa de revista: Pictorial Review, setembro de 1919


Capa de revista: Calling all girls, agosto de 1946


Viajando com livros: LiMa-JuLiEt


Capa de livro: Le Fantôme de l'Opéra (The Phantom of the Opera). Gaston Leroux


Ex libris: Pavel Šimon


Leitura à moda antiga: Kenneth Mahood


Leitura à moda antiga: Karl Boehmer


Leitores retro: K Gunnor Petersen