Bom dia!
Leitura do momento: Jar City, de Arnaldur Indridason. Já fazia tempo que eu queria conhecer esse autor islandês, e ontem, como o país entrou no radar da mídia internacional, eu aproveitei a oportunidade, ainda na ressaca após o final de "S.".
Uma das minhas distrações de infância, em tempos pré-internet, era brincar com mapas e com um globo terrestre que tínhamos em casa. Às vezes eu ficava procurando um país onde gostaria de morar. Requisito essencial: quatro estações definidas. Requisito muito importante: frio, quanto mais melhor. Assim, mais do que uma vez, ao achar aquela ilhazinha perdida no meio do Atlântico Norte, eu pensei: é lá que quero morar. Claro que as minhas chances de ir morar na Islândia à essas alturas da vida são ínfimas, mas esse pequeno país gélido sempre me chamou a atenção.
Minha formação acadêmica é de exatas e humanas. Talvez por causa
disso às vezes eu tenha uma maneira meio excêntrica de analisar as coisas. Dito
isso – não sou fã alucinada de futebol, mas gosto do jogo dos europeus. Como
todo descendente de italiano que se preze, torço pela Azzurra. Ontem eu vi o
fim do jogo no qual a Islândia eliminou a Inglaterra dos jogos. Ironias e
discussões políticas sobre o Brexit à parte, o que me chamou mais a atenção
foram algumas estatísticas - infinitamente mais interessantes do que as minhas reais chances de pisar em Reykjavik, por exemplo:
A Islândia é um país com pouco mais de 300 mil habitantes. O primeiro dado que chama a atenção é o
de que cerca de 1% da população esta lá na França assistindo a Eurocopa.
Proporcionalmente, é muita coisa. Mais impressionante ainda é que, considerando
a população masculina entre 20 e 30 anos, a chance de um islandês jogar na
seleção de seu país também é de 1%. E ainda assim, com essa escassez de
pessoas, eles conseguiram formar um time que eliminou a poderosa Inglaterra da
Eurocopa.
Ou seja, precisamos rever nossos conceitos. O país do futebol não é o
Brasil, é a Islândia!
Boas leituras!
:-)
S.
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