31 de julho de 2017

Livro do dia: O Ateneu, Raul Pompéia



Título:
O Ateneu

Autor:
Raul Pompéia





Escrito em apenas três meses, O Ateneu, de Raul Pompéia, é considerado o maior romance brasileiro do século XIX depois das obras realistas de Machado de Assis. Foi publicado em capítulos no jornal carioca A Gazeta de Notícias, entre 8 de abril e 18 de maio de 1888, e, devido ao reconhecimento imediato, foi editado em livro no mesmo ano. Seu enredo consiste na recordação do período de dois anos em que o narrador, Sérgio, passa num tradicional colégio interno do Rio de Janeiro. O ingresso no Ateneu marca as descobertas amargas que acompanharão o narrador daí em diante, os sentimentos de desilusão, opressão e desconfiança, componentes da profunda solidão humana. O romance enfoca a educação intelectual, a integração social e a afirmação sexual de Sérgio e de seus colegas: o dissimulado Sanches; o injustiçado e vingativo Franco; o atlético Bento Alves; e o enamorado Egberto. Entre eles, o sentimento de amizade é maculado pelos impulsos primitivos. Daí o tom da narração ser o de um ressentimento constante.


Ano de publicação:
1888

Indicado para:
Adultos e adolescentes



Livros e leitores: Xavier Valls





Eu creio que escrever é o que nos mantém jovens. Qualquer arte mantém as pessoas como novas, porque nunca se reformam.

Paul Auster

A leitura na arte: Mary Louise Gow





Escrevo pelo prazer de contradizer e pela felicidade de estar sozinho contra todos.

Milan Kundera

Pequenos leitores: Peter Emmerich





Escreve-se para preencher vazios, para fazer separações contra a realidade, contra as circunstâncias.

Mario Vargas Llosa

Leitores célebres: Mitzi Gaynor





Escrever foi a tábua à qual me agarrei para não ser considerado um idiota.

Carlos Heitor Cony

A leitura na arte: Pierre Auguste Renoir





Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança.

Ernest Hemingway

29 de julho de 2017

Surpresa agradável

(Colagem S.C. Zerbetto)

Bom dia!

Já disse repetidamente aqui que gosto quando um livro me surpreende. Nas minhas leiturinhas noturnas, comecei a ler Sultry with a Twist, de Macy Beckett, que no início parecia seguir a fórmula dos romances de segunda chance. Gosto dessas fórmulas, diga-se de passagem, me dou bem com elas. Mas a história cresceu com algumas pitadas de originalidade aqui e ali, e eu não consegui largar. Voltou a cair no final, mas tudo bem - o lugar na minha lista de notáveis já estava garantido. Delicioso ler sobre uma heroína barista se integrando perfeitamente em uma cidade super hiper mega moralista no Texas. Muito legal.

(Colagem S.C. Zerbetto)

No quesito leitura, já fui devidamente capturada pelo Mestre das Sombras (Il Maestro delle Ombre), o último thriller de Donato Carrisi. As meninas da saga napolitana de Elena Ferrante vão ter que esperar um pouco... Mas eu volto à elas em breve, são adoráveis. Os dois livros não podiam ser mais diversos entre si, até pelo estilo de escrita. Carrisi usa uma linguagem muito mais simples do que Elena Ferrante.

Boas leituras!

:-)

S.

(Colagem S.C. Zerbetto)

Livro do dia: O Analista de Bagé, Luis Fernando Veríssimo



Título:
O Analista de Bagé

Autor:
Luis Fernando Veríssimo








Ele recebe seus clientes de bombacha e pés no chão, nunca deixa de oferecer um chimarrão e o divã de seu consultório é coberto com um pelego. Psicanalista da linha ´freudiano barbaridade´ é acusado de ser grosseiro e machista, mas se defende: ´digo o que tenho que dizer, o último desaforo que levei para casa foi minha mulher.´ Assim é o Analista de Bagé, um dos personagens mais marcantes de Luis Fernando Veríssimo, que está de volta numa reedição atualizada com histórias deliciosas deste clássico do humor brasileiro. Divertido, levemente alucinado e com repertório particular de expressões regionais, o analista mais querido do país informa que já nasceu ´mais atrapalhado do que cachorro em procissão´. A combinação entre psicanálise e o jeito de ser ´desta gente de fronteira´ resultou no crème de la crème do humor nacional.
O leitor vai se divertir com as histórias estapafúrdias e as revelações íntimas deste histriônico psicanalista politicamente incorreto, sem noções mínimas de ética. Com seu humor cáustico, o analista trata os males da alma como quem amansa cavalo xucro, conquistando seus leitores no laço. Impossível resistir ao seu charme. ´Se abanque, índio velho. A sessão está apenas começando´, avisa o amoroso psicanalista.

Ano de publicação:
1983

Indicado para:
Adolescentes e adultos



A leitura na arte: Edmund Blair Leighton




Escrever é por em ordem as nossas obsessões.

Jean Grenier

Leitores célebres: Mickey Rooney & Judy Garland





Escrever é sempre esconder algo de modo que mais tarde seja descoberto.

Italo Calvino

Livros e leitores: Kathy Jeffords





Escrevemos porque ninguém nos ouve.

Georges Perros

Na livraria: Jeff Basting




Escrever bem, escrever mal. Assentemos neste princípio: nem todo o tipo que escreve mal é estúpido; mas todo o tipo que é estúpido escreve mal.

Vergílio Ferreira

A leitura na arte: Charles Edward Perugini





Entre todas as virgindades, nenhuma é tão sagrada como a de uma página em branco.

Jacinto Benavente y Martinez

A leitura na arte: William McGregor Paxton





É a escrever mal que se aprende a escrever bem.

Samuel Johnson

A leitura na arte: Pio Ricci





Dentro ou fora de mim, todos os dias acontece algo que me surpreende, algo que me comove, desde a possibilidade do impossível a todos os sonhos e ilusões. É essa a matéria da minha escrita, por isso escrevo e por isso me sinto tão bem a escrever aquilo que sinto.

José Saramago

Livros e leitores: Minni Havas




Corrigir uma página é fácil, mas escrevê-la, amigo, isso é difícil.

Jorge Borges

Leitores célebres: Merle Oberon





É apaixonante ver como o trabalho realizado em solidão se transforma numa experiência partilhada com muitíssimas pessoas que convergem num mesmo ponto.

Paul Auster

Livros e leitores: Kestutis Kasparavicius




Devemos escrever para nós mesmos, é assim que poderemos chegar aos outros.

Eugène Ionesco

28 de julho de 2017

Livro do dia: Wrong, Jana Aston

(An He)

Já fazem alguns dias que não coloco um romance hot no livro do dia. Retificando isso hoje. O título bem apropriado para esse livro. Somente para maiores! 

A autora foi corajosa, quebrou alguns paradigmas dentro do gênero romance. Falando a verdade, gosto de algum desses paradigmas, e até busco alguns deles. Mas há outros que merecem ser quebrados...

Título:
Wrong

Autor:
Jana Aston



Sinopse:

Meu talento para escolher os homens errados é legendário. Gay? Galinha? Filhinho da mamãe? Confere, confere e confere.

Agora eu não consigo parar de fantasia sobre um dos fregueses da cafeteria onde trabalho. É só um crush sem importância, não é? Não é como se eu fosse encontra-lo quando for à clínica da universidade fazer um exame médico antes de tomar pílulas anticoncepcionais. Enquanto vestisse somente um avental de papel. Sentada em uma mesa de exames. Porque ele é o médico. Me. Mate. Agora.

Mas e se o homem sobre o qual eu ando sonhando as fantasias mais escandalosas é tudo menos o cara errado?

Fonte: Goodreads

Ano de publicação:
2015

Edição em português:
Não

Indicado para:
Adultos

(An He)

A leitura na arte: Willy Belinfante





A vida é dolorosa e desapontante. Não tem qualquer utilidade, por isso, escrever romances realistas. Nós em geral sabemos onde estamos em relação à realidade e não queremos saber mais nada sobre ela.

Michel Houellebecq


(Essa frase me representa!)

A leitura na arte: Jean Georges Ferry





Custa tanto escrever um bom livro como um mau livro; mas só merece respeito a Arte que é em nós uma imposição, um destino, um fogo inconsumível de espírito, ainda que a obra, relativa à nossa exigência, nos pareça medíocre.

Agustina Bessa-Luís

Navegandp com a leitura: Trevor J. Brown





A única obrigação que um romance deve cumprir desde o início, sem incorrer na acusação de arbitrariedade, é a de ser interessante.

Henry James

Pequenos leitores: Seonna Hong




As pessoas que escrevem livros poucas vezes são intelectuais. Os intelectuais são pessoas que falam sobre os livros que outros escreveram.

Françoise Sagan

A leitura na arte: Alfred Stevens




Aprende-se a escrever, lendo. E também é necessária uma grande humildade face ao material da escrita. É a mão que escreve. A nossa mão é mais inteligente do que nós. Não é o autor que tem de ser inteligente, é a obra. O autor não escreve tão bem quanto os livros.

António Lobo Antunes

Leitores célebres: Miriam Hopkins




A harmonia secreta da desarmonia: quero não o que está feito mas o que tortuosamente ainda se faz. Minhas desequilibradas palavras são o luxo de meu silêncio. Escrevo por acrobáticas aéreas piruetas - escrevo por profundamente querer falar. Embora escrever só esteja me dando a grande medida do silêncio.

Clarice Lispector

27 de julho de 2017

Finalmente uma livraria italiana!

(Colagem S.C. Zerbetto)

Bom dia!

Já devo ter reclamado aqui sobre a minha eterna dificuldade em encontrar os livros que eu quero em italiano. Comprar da Itália tornou-se inviável, o frete é caríssimo. As livrarias nacionais, como a Livraria Cultura e o Submarino, que eram a minha salvação, aparentemente pararam de adicionar títulos novos aos seus catálogos. Restariam os ebooks, mas por alguma absurda razão eu não conseguia comprá-los das livrarias italianas. Graças ao Google eu achei a Libreria IBS - agora eu consigo os meus ebooks italianos. Ufa! Fica a dica para todos que lêem na língua de Dante. Um achado, acreditem. 

Já estou com o último livro do Donato Carrisi pronto para ler - na verdade, já iniciei o primeiro capítulo. O título é Il Maestro delle Ombre (O Mestre das Sombras), sem tradução para o português ainda. Pelo jeito, a saga napolitana de Elena Ferrante vai ter uma pausa na leitura, pois o livro de Carrisi já me abduziu!

(Colagem S.C. Zerbetto)

No quesito leiturinhas, no final me desapontei um pouco com a Love Story de Lauren Layne. Os protagonistas desbancaram para a imaturidade, e virou um romancinho qualquer. Isso acontece - a qualidade do romance cair ao longo da trama, como se o escritor perdesse o fôlego, ou a inspiração. Por outro lado, achei um romancinho vintage da Emma Darcy, The Colour of Desire, que está sendo uma delícia de ler - uma versão de O Fantasma da Ópera. Se cumprir o que promete, amanhã eu conto mais.

Boas leituras!

:-)

S.

(Colagem S.C. Zerbetto)

Livro do dia: Capitães de Areia. Jorge Amado



Título:
Capitães de Areia

Autor:
Jorge Amado







Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, este livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. Em 1940, marcou época na vida literária brasileira, com nova edição, e a partir daí, sucederam-se as edições nacionais e em idiomas estrangeiros. A obra teve também adaptações para o rádio, teatro e cinema. Documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de beleza, dramaticidade e lirismo.

Ano de publicação:
1937

Cinema/TV:
Filme (2011), que confesso não haver assistido.


Leitores célebres: Vanessa Redgrave





Antes do interesse pela escrita, há um outro: o interesse pela leitura. E mal vão as coisas quando só se pensa no primeiro, se antes não se consolidou o gosto pelo segundo. Sem ler ninguém escreve.

José Saramago

Leitura não tem idade: samwyse





Algo está sempre a acontecer. Por isso escrevo. Escrevo porque algo aconteceu ou acontece. Escrever é isso, mas escrever é sobretudo produzir o acontecer.

Ana Hatherly