Colagem S.C. Zerbetto
Bom dia!
Esse meu textão fez o maior sucesso no Facebook ontem. Infelizmente eu acidentemente apaguei a versão para o blog. Mesmo assim vou tentar resgatá-la, como registro "para a posteridade".
Colagem S.C. Zerbetto
Caso alguém se pergunte, não existe nenhuma nebulosa com as cores da bandeira nacional para além de uma galáxia muito distante. A imagem é a da NGC 1499, conhecida como California Nebula (Nebulosa da Califórnia), que recebeu esse nome devido ao formato semelhante ao do estado americano de mesmo nome. As cores são modificadas nesse tipo de foto astronômica para facilitar a visualização, por isso existem também as variantes acima. Um dia, quando eu tiver bastante tempo e paciência, eu explico como isso é feito. Por enquanto como, dizem por aí, que estamos em tempo de Copa, resolvi guardar essa imagem para hoje.
Muita gente não sabe, mas cheguei a estudar quase dois anos de russo na Unicamp. Tinha que escolher uma matéria eletiva, queria uma língua e era a única que tinha vaga - que que calhava com meu interesse por literatura russa na época, notadamente por Boris Pasternak. Minha professora havia morado em Moscou por mais de dez anos, acompanhando o marido que cursou medicina por lá. Aprendi o alfabeto cirílico rapidinho, inclusive em letras cursivas, que é um pouco diferente. Era capaz de ler um texto em russo com a pronúncia correta, embora sem entender uma palavra. Fui bem até certo ponto, era animada, até que, de repente, as regras gramaticais começaram a parecer um código criptográfico indecifrável da segunda guerra mundial. Não consegui mais acompanhar e acabei abandonando.
Hoje não consigo ler mais o alfabeto cirílico, mas ainda reconheço algumas letras e palavras. Escrever em letra cursiva, nem pensar! Não consigo me virar nos blogs russos de artes nos quais retiro muitas das minhas imagens sem o tradutor do Google - horror dos horrores! Ficaram algumas expressões básicas, duas rimas infantis e algumas histórias da minha divertida professora. Em tempos pré-internet, o nosso livro texto era encomendado e vinha direto da Rússia - União Soviética na época. Os livros mais chatos e menos atraentes de ensino de qualquer idioma que alguém possa imaginar, mas era o que tínhamos. Ela contava que todo ano quando tinha que pedir os livros ficava estressada, pois na primeira encomenda, em pleno auge da repressão, acabou sendo interrogada pelo DOPS, que queria saber o que ela fazia com um porta mala do carro cheio de livros em russo. Muito suor frio até ela convencer os carros que ela apenas ensinava a língua.
Contos de outras épocas!
Colagem S.C. Zerbetto
Boas leituras!
Colagem S.C. Zerbetto
:-)
S.
Colagem S.C. Zerbetto





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