9 de fevereiro de 2017

O Perfume da Folha de Chá, Dinah Jeffries




Faz tempo que eu não escrevo uma mini-resenha. Porém esse aqui, porém, merece, e vai aparecer novamente nos livros do dia em breve.

(Lizzy Pe)

Vamos à sinopse:

Em 1925, a jovem Gwendolyn Hooper parte de navio da Escócia para se encontrar com seu marido, Laurence, no exótico Ceilão, do outro lado do mundo. Recém-casados e apaixonados, eles são a definição do casal aristocrático perfeito: a bela dama britânica e o proprietário de uma das fazendas de chás mais prósperas do império.
Mas ao chegar à mansão na paradisíaca propriedade Hooper, nada é como Gwendolyn imaginava: os funcionários parecem rancorosos e calados, e os vizinhos, traiçoeiros. Seu marido, apesar de afetuoso, demonstra guardar segredos sombrios do passado e recusa-se a conversar sobre certos assuntos.
Ao descobrir que está grávida, a jovem sente-se feliz pela primeira vez desde que chegou ao Ceilão. Mas, no dia de dar à luz, algo inesperado se revela. Agora, é ela quem se vê obrigada a manter em sigilo algo terrível, sob o preço de ver sua família desfeita.

Não esperem um romance perfeito, inesquecível, mas é sólido e bem escrito, e cumpre o seu papel de entreter o leitor. Tem alguns pontos em comum com Rebecca, de Daphne du Maurier - o clássico viúvo perturbado pela morte da primeira esposa, por exemplo. Porém, senti falta de uma certa profundidade nos personagens, parece que os dramas ficaram um pouco na superfície. O personagem da heroína Gwen foi o mais bemn desenvolvido, mas senti falta de mais insights na psiquê do seu marido Laurence, o que, na minha opinião, eleveria em muito a qualidade da obra. A trama é interessante, porém, sem dar spoiler, digo que resolvi o mistério antes da metade do livro. Para mim, a diversão foi descobrir como ele seria revelado.

Para quem procura um bom romance, sem os exageros das cenas excessivamente explícitas e nem sempre bem escritas, O Perfume das Folhas de Chá é um belo refresco. Nas mãos de um cineasta competente, funcionaria muito bem como um filme, talvez até melhor do que no papel. Recomendo.

Boas leituras!

:-)

S.

(Lizzy Pe)

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