30 de abril de 2016

A leitura na arte: Frederick Cayley Robinson, Anoitecer em Londres


Passeio na livraria



Num passeio por uma livraria, dois livros já recomendados neste blog. Aproveito para refazer a dica. Um livro muito bom, o outro absolutamente imperdível.

O Tribunal das Almas, de Donato Carrisi. Muito bom, difícil de largar, com uma estrutura diferente dos thrillers habituais. Foi o livro que me apresentou ao autor italiano Donato Carrisi. O resultado foi que já li quase todos os livros dele, faltam só um ou dois...




A Décima Terceira História, de Dianne Setterfield. Logo que abri esse blog, fiz a maior propaganda desse livro. Vou fazer isso novamente. Adoro. É um livro sobretudo para quem gosta de ler, com uma protagonista bibliófila, um mistério empolgante e um romance levemente insinuado que deixa tudo muito mais interessante. Isso sem falar nas referência à literatura gótica inglesa, mais especialmente à Jane Eyre, de Charlotte Brontë, um dos meus livros de cabeceira.  Vale a pena ler e reler.



Boas leituras!

:-)

S.



Pudim de Yogurte



Nem só de livros vive este blog. Primeiro foram os meus biscoitinhos de gengibre, agora essa receita aqui. Vi esse pudim no programa da Ana Maria Braga na semana passada e me chamou a atenção pela simplicidade. Só dois ingredientes na receita original, o terceiro eu acrescentei por conta. Na verdade fiz porque duvidava que desse certo Mais deu. É fantástico! Vale a pena.


Pudim de Iogurte

Massa:

1 lata e meia de leite condensado
3 potes de iogurte natural (pode ser integral ou light)
Baunilha (esse eu acrescentei por conta)

Calda:

1 xícara de açucar refinado
1/2 xícara de água
1 colher de chá de vinagre

Ferver os ingredientes da calda até caramelizar. Espalhar a calda na forma de pudim. Bater os ingredientes da massa e, passando por uma peneira, despejar sob a forma. Assar em banho maria.

:-)

S.

A leitura na arte: Charles Chaplin, Jovem lendo


Ilustrando leitores: Tina Fey



Leitores vintage: Norman Rockwell


Bibliotecas interessantes: Sungwon


A leitura na arte: Edwin Harris, Retrato de mãe e filha lendo um livro


Leitura na propaganda: Original Kennedy Slenderizer


Ilustrando leitores: Michelle Hiraishi


A leitura na arte: Edouard Vuillard


Capa de revista: Life, julho de 1916


Leitores célebres: Joan Fontaine



Leitores vintage: John Gannam


Capa de livro: Fairy Tales of Science


Leitores célebres: Cate Blanchett


Oh retro: Betty Cooper


A leitura na arte: John White Alexander, Um livro interessante


A leitura na arte: Vanessa Bell, Amaryllis e Henrietta


A leitura na arte: Alexander Roslin


Ilustrando leitores: Alain Dodier


Essa coisa chamada realidade...

Bom dia!

Ando meio displicente com minhas leituras e leiturinhas nos últimos dias. Muita coisa acontecendo nessa coisa nem sempre agradável chamada realidade...

Bom fim de semana!

:-)

S.

29 de abril de 2016

As bailarinas de Degas



"Chamam-me o pintor das bailarinas", dizia Degas com tristeza, "não compreendem que a bailarina é um pretexto para reproduzir o movimento fluido.


Edgar Degas (1834-1917) sempre foi conhecido como o pintor das bailarinas. Eram porém, antes disso, o pintor do movimento. E talvez nenhuma outra arte sublime tanto o movimento como a dança em geral, e o ballet em particular. 




Todo pintor impressionista buscou, de certa forma, capturar o movimento em uma tela de pintura estática. Eis porque eu, particularmente, os considero - principalmente a Claude Monet, para mim o expoente máximo desse movimento artístico - praticamente precursores da fotografia, especialmente da fotografia digital, que permite capturar cada segundo de um movimento para chegar ao que eu chamo de momento perfeito



No caso do ballet, isso é particularmente difícil. Trata-se de uma arte em que cada pequeno movimento é desenhado, quase que regulamentado. A posição das mãos, do pé, o ângulo da cabeça, tudo na bailarina precisa ser milimetricamente posicionado, e alguns desses detalhes só são perceptíveis aos próprios dançarinos ou à grandes conhecedores de dança clássica. É uma arte de detalhes. Fotografar uma bailarina em movimento é tarefa particularmente difícil. De vez em quando minha sobrinha adolescente, que estuda ballet desde os três anos de idade, pede que eu a fotografe. De cada série de dez ou vinte fotos, tenho sorte quando chego a uma ou duas que seja perfeita aos olhos da exigente bailarina. É o colo do pé, o ângulo, a posição das mãos, um joelho ligeiramente dobrado... 



Não é difícil imaginar o que um pintor impressionista como Degas fazia para capturar cada uma dessas sutilezas. Conta-se que que ele observava a cena várias vezes com olhos muito bem treinados, já que era também estudioso da anatomia humana. Estudava o que via, desenhava. Ao contrário dos seus outros colegas impressionistas, no que se referia ao ballet, queria ser preciso, assim como era a arte que buscava retratar. Provavelmente - e aí trata-se de suposição minha - fazia isso até chegar àquele momento estático perfeito que escolhia capturar. Sim, Degas era conhecido como perfeccionista, assim como a dança clássica é, sobretudo, uma arte da perfeição dos movimentos, algo que talvez somente os seus apreciadores e aqueles que a praticam consigam entender.




Frequentador dos bastidores da Opera de Paris, graças à sua amizade com um dos músicos da orquestra, Désiré Dihau, Degas retratou cada momento da rotina de uma bailarina: as aulas, os ensaios, os bastidores, o palco, a reverência final. As jovens bailarinas da Opera de Paris - a ratinhas, como eram apelidadas pelos músicos e pelos cantores líricos - não vinham de famílias abastadas. Eram de famílias pobres, operárias, que buscavam na dança uma pequena possibilidade de ascenção financeira. Geralmente eram recrutadas quando tinham em torno de dez anos de idade para a escola de dança da opera. E Degas observava as dançarinas desde os primeiros passos. 


Sempre fui fascinada por Degas, desde a infância. Nunca consegui olhar uma de suas obras por pouco tempo. Há nelas, para mim, algo que prende, algo que cativa, como se esperássemos que as bailarinas retratadas saissem do quadro e começassem a dançar em três dimensões. Tenho certeza de que era essa a intenção do artista.



No dia mundial da dança, fica aqui mais este registro e essa minha homenagem.

:-)

S.








Leitores célebres: Twiggy


Capa de livro: Tales from Shakespeare