27 de abril de 2016

Quando o filme é melhor que o livro...



Os bibliófilos mais fanáticos diriam que isso é uma impossibilidade. O oposto é sempre verdadeiro, o livro é sempre melhor do que o filme.  

É ou não é?



Via de regra sim, geralmente é o que acontece, pelo menos no meu caso. E é tão curioso que o filme, na verdade, interfere na percepção do livro, podendo até melhorá-lo ou estragá-lo. É como se o filme "contaminasse" o livro. Depois de assisti-lo, não consigo mais ver o personagem como o via antes na minha imaginação, só enxergo o ator ou atriz do filme. Por exemplo, por mais que eu admire o trabalho do Tom Hanks, nunca consegui engoli-lo completamente como o Robert Langdon dos livros do Dan Brown nos filmes "O Código da Vinci" e "Anjos e Demônios".




Naaahhh, que me perdoe o Tom Hanks, mas Robert Langdon tinha na minha cabeça se parecia mais o Jamie Dornan... que, embora tenha sido uma escolha controversa para o Christian Grey de Cinquenta Tons de Cinza, hoje eu não consigo mais ver outro rosto no lugar do personagem.


E isso porque nem vou entrar na polêmica do James Bond! Só para constar, sou do time do Daniel Craig.



Mas estou saindo do assunto. 

Fim do momento colírio para os olhos. Desculpem-me, mas eu precisava disso hoje! 




Voltando ao tópico, eu queria mesmo era falar mais um pouquinho do livro Meia Noite no Jardim do Bem e do Mal, que estou acabando de ler, e sobre o qual já tenho opinião formada a respeito. Com esse livro, ocorreu para mim o fenômeno oposto. Talvez porque eu tenha visto o filme bem antes de ter lido o livro. Assisti muitas e muitas vezes. Por isso eu esperava muito, muito mais da obra escrita. Não que o livro não seja bom, muito pelo contrário. Mas falta ao livro a leveza que se vê no filme, talvez pelo excesso de detalhes. Como eu devo ter comentado no meu cafezinho da manhã por aqui, há trechos que mais parecem um guia turístico de Savannah, onde a história se passa. Essas passagens recheadas de detalhes históricos e descrições são interessantes, mas ficam um pouco monótonas, tornando a leitura um pouco mais cansativa. O humor fino fica mais evidenciado no filme, embora seja sentido ao longo de alguns trechos do livro. 

Porém, ao ler o livro, fica evidente o magnífico trabalho que foi a atuação de Kevin Spacey, outro dos meus atores favoritos. O Jim Williams de Spacey pareceu saltar das páginas do livro direto para a tela do cinema.




Aliás, Kevin Spacey daria um Robert Langdon muito mais interessante. Minhas desculpas ao Tom Hanks. 

Mas fico por aqui.

Boas leituras e bons filmes!

:-)

S.




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