(Colagem S.C. Zerbetto)
Não sei qualificar esse livro, o primeiro da aclamada "Trilogia de Nova Iorque", de Paul Auster. Como escrevi na minha página pessoal no Facebook ontem, logo após encerrada a leitura, eu não sabia se estava diante de uma obra prima da literatura ou do livro mais idiota que li na vida. Até agora não sei a resposta, o que deve significar que há um pouco de verdade em ambos os opostos.
Sinopse:
Um escritor de romances policiais, Quinn, recebe em três dias consecutivos um estranho telefonema que o incita a tornar-se detective e a proteger Peter Stillman. Quinn, procurado pelo nome de detective Auster, deixa de ser escritor, assume o papel de detective e inicia uma investigação que nos conduz a uma história bizarra e opressiva que nos prende até à última página. Se "Cidade de Vidro", a primeira história da famosa «Trilogia de Nova Iorque», de Paul Auster, era por si só considerada uma história fascinante, a sua adaptação a “novela gráfica” por Paul Karasik e David Mazzuchelli, mereceu “apenas” a distinção do Comics Journal como “um dos 100 melhores ‘comics’ do século”.
Fonte: FNAC Portugal (No Brasil, o livro é apenas encontrado como parte integrante da Trilogia de Nova Iorque completa)
O início do livro foi sensacional. Completamente envolvente, e quando eu tinha que abandonar a leitura, eu mal via a hora de começar de novo. Foi no terço final do livro que eu quase me arrependi de ter iniciado a leitura, e tive a incômoda sensação de ter desperdiçado o meu tempo de leitora com uma obra totalmente sem sentido. O emaranhado de personagens, a história dentro da história parecia nunca chegar à conclusão alguma, e o leitor fica em suspense a espera de um fecho que... que... Não posso falar mais nada sem que a patrulha anti spoiler me ataque!
Por essa razão, comparo o livro a uma obra de arte moderna. Podemos amar, odiar, ou ter uma opinião que mistura as duas coisas. Francamente, até agora não sei o que pensar. Certamente não é uma história de detetive convencional. Nem sei se pode ser classificada como tal, embora seja assim que o livro é apresentado.
Em suma, prometo revisar essa resenha assim que as minhas idéias sobre essa obra tenham clareado - embora eu sinceramente duvido que isso aconteça um dia. Mesmo assim eu recomendo, porém com o aviso, por assim dizer, de que o leitor tenha em mente que encontrará, pela frente, algo fora do convencional e que, talvez, ao final, careça de sentido. Exatamente como uma pintura abstrata.
Boas leituras!
:-)
S.
(Colagem S.C. Zerbetto)
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