19 de janeiro de 2016

Os Direitos Imprescritíveis do Leitor

O franco-marroquino Daniel Pennac publicou "Comme un Roman" ("Como um Romance") em 1992, sem dúvida tendo como um de seus objetivos incentivar as crianças em idade escolar a aprender  a gostar de ler, desfazendo algumas falsas, porém tradicionais, concepçōes antigas sobre o hábito, ou a arte da leitura.




Sinopses:

Em 'Como um romance' Pennac questiona, através da recriação ficcional do ambiente de uma sala de aula, a razão de os jovens não gostarem de ler. Baseado em suas próprias experiências como professor, ele ensina e aí reside todo o charme do livro - como recuperar nos alunos o gosto pela leitura, um ato esquecido neste fim de século dominado pela comunicação em massa. Acima de tudo, Pennac quer mostrar que o ato de ler é um ato de prazer e não de obrigação.

A comparação é inevitável. Ao conhecer o romancista e professor francês Daniel Pennac, imediatamente vem à lembrança a figura irresistível do professor John Keating, personagem vivido por Robin Williams no filme Sociedade dos poetas mortos, de Peter Weir. Mais que um ensaio, Como um romance é uma declaração de amor ao ato de ler. Num relato inteligente, poético e divertido, Pennac questiona, através da recriação ficcional do ambiente de uma sala de aula, a razão de os jovens não gostarem de ler.
Baseado em suas próprias experiências como professor, ele ensina – e aí reside todo o charme do livro – como recuperar nos alunos o gosto pela leitura, um ato esquecido neste fim de século dominado pela comunicação em massa. Acima de tudo, Pennac quer mostrar que o ato de ler é um ato de prazer e não de obrigação.
"Desde o início do ano escolar, leio em voz alta para meus alunos cerca de 70 livros, entre peças de teatro e romances. Depois, eles escolhem alguns desses para ler. Por fim, fazemos uma feira, em que os próprios alunos vendem ou derrubam um livro, de acordo com suas próprias opiniões. Foi assim que os fiz gostar de Calvino e García Marquez", explica Pennac.
O autor cria também uma espécie de catálogo, constituído não de deveres, mas de direitos imprescindíveis ao leitor: entre eles o direito de ler qualquer coisa, e de só ler o que se gosta, o de ler em qualquer lugar e até mesmo o direito de não se gostar de ler. "O prazer não se comanda", ensina.
(Fonte: Editora Rocco)

O livro é curto, e de fato se lê quase que como um romance mesmo. Bem humorado, é uma delícia de ler. Nessa obra, que se tornou um clássico para os bibliomaníacos ao redor do mundo, Pennac elenca os 10 direitos imprescritíveis do leitor, regrinhas básicas sugeridas para quem quem gosta de ler... e, de certa forma, também para aqueles que orbitam em torno dos amantes da leitura. Indico, portanto, esse pequeno e divertido ensaio nāo somente a quem gosta de ler, mas a quem tem filhos em idade escolar que precisam de um empurrāozinho para tomarem gosto pela leitura, ou a quem tenta simplesmemte entender como funciona o cérebro de um leitor inverterado...

O ilustrador Quentin Blake deu vida a essas regras um um poster, que ganhou versões em varios idiomas.








Pretendo em breve, aqui neste blog, comentar cada um desses "direitos imprescritíveis", baseando-me nas minhas próprias experiências pessoais, já que, sem saber, muito antes de ter conhecimento do livro de Daniel Pennac, eu tinha algumas dessas regras como guia.

Onde encontrar:


Boa leitura!

:-)

S.

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