18 de janeiro de 2016

Velocidade de leitura



Artigo interessante, merece alguns breves comentários:

Os conselhos dos 'superleitores' para ler mais rápido

O artigo tem algumas curiosidades sobre leitores e suas velocidades de leitura. Para começar, cito o seguinte trecho:



Agatha Christie lia 200 livros por ano, enquanto que o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, termina um a cada duas semanas. O ex-presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt lia um livro por dia e até dois ou três, se tinha uma noite mais tranquila. Mas como as pessoas em geral podem conseguir fazer isso?
Harriet Klausner, uma bibliotecária de escola americana que morreu no ano passado era ou uma das leitoras mais rápidas da história ou alguém que "economizava" bastante na hora de falar a verdade.
Ela fez surpreendentes 31.014 críticas de livros na Amazon, o que significava que chegou a ler seis livros por dia. Mas nem todos aceitam este número e um grupo de críticos chegou a tentar desacreditá-la.
Klausner se defendeu dizendo que alguns dos romances que lia eram tão curtos e fáceis que lhe tomavam apenas uma hora. E ofereceu outra explicação simples para sua rapidez de leitura: "Se um livro não me interessa até chegar na página 50, deixo de lê-lo", afirmou ao jornal americano Wall Street Journal.
Quanto a mim, tenho fases de superleitora, chegando perto de Harriet Klauser. Acho que, para qualquer leitor, a velocidade depende do livro, ou, pelo menos, do tipo de leitura que se busca em determinado momento. Nas palavras de Francis Bacon: 

"Há livros de que apenas é preciso provar, outros que têm de se devorar, outros, enfim, mas são poucos, que se tornam indispensáveis, por assim dizer, mastigar e digerir." 

Francis Bacon

Quando se trata de um livrinho curto, descartável, consigo sim ler vários por dia. Nesse tipo de leitura, usada como fuga da realidade ou destinada apenas a preencher o tempo, realmente consigo ler vários por dia, mesmo por que, exatamente como disse a superleitora da amazon, se o livro é muito ruim, nem chego a terminar. É claro que nem sempre isso acontece. Quando a história agrada demais, chego a "racionar" a leitura, tornando-a mais lenta e cuidadosa. Foi assim, por exemplo, com "A Sombra do Vento", de Carlos Ruiz Zafón. E, por fim, há livros que, pela sua natureza, demandam uma leitura mais lenta, mais atenta. Um grande clássico, por exemplo.

Além de apresentar algumas conjeturas sobre quantos livros a pessoa consegue ler durante uma vida que achei, francamente, um pouco deprimentes, o artigo sugere algumas regras que podem ser úteis a quem busca ler mais rapidamente. 

Em minha opinião, tudo é relativo. 

Para mim, tudo depende do livro, do leitor, do autor, e da interação entre os três vértices desse triângulo. O importante, como sempre digo, é simplesmente ler. Leia no seu ritmo, encontre a sua própria medida entre a quantidade e a qualidade das obras que você escolheu. Não deixe que nada ou ninguém influencie as suas escolhas e o seu modo de ler. Por fim, partindo da premissa de que um livro deveria ser considerado bom ou ruim para o seu leitor, e não para os críticos, não perca tempo com um livro ruim para você, seja ele a obra principal de um ganhador do Nobel de Literatura, seja um best-seller, seja um romance de banca de jornal. 

Boas leituras!

:-)

S.



Nenhum comentário:

Postar um comentário