20 de novembro de 2015

Kate Morton e Diane Setterfield

Sabe aquelas pinturas que a gente tem vontade de pular dentro? Alguém já se deparou com um quadro assim?

Os livros que vou comentar agora tem essa qualidade, em minha opinião. Tem uma atmosfera sedutora, tão misteriosa e envolvente que ficamos com vontade de pular para dentro da história, não necessariamente como participante, mas como observador. Casas abandonadas cheias de segredos para serem descobertos, passagens secretas, jardins esquecidos... e um segredo fascinante a ser desvendado pelo leitor.  


1.

Essa é a que estou lendo nesse momento e que me deu me deu a ideia para este primeiro post do blog. O livro anda não for traduzido para o português. Espero que isso isso aconteça um dia, pois a obra é maravilhosa. O titulo traduzido é “A Casa do Lago”, e não se confunde com o filme com o mesmo nome - mesmo porque a trama é muito melhor. Uma policial inglesa em crise após ter cometido um grave erro no trabalho vai passar alguns dias em uma pequena cidade da Cornuália. Lá, por acaso, ela se depara com uma casa em ruinas, abandonada pela família após um evento trágico ocorrido nos anos 30, um mistério jamais resolvido: o desaparecimento de uma criança. A escritora Kate Morton tem um talento único para criar o tipo de atmosfera envolvente como a que descrevi acima. Nas cenas descritivas, é capaz de pintar verdadeiros quadros com as palavras. Uma delícia de livro, perfeito para um dia de chuva. Muito difícil de largar!

Ainda não acabei de ler, logo provavelmente voltarei a falar sobre ele. Da mesma autora, recomendo também “The Shifting Fog” – também ainda sem tradução para o português.

2.




Essa é, sem dúvida, uma das minhas obras favoritas, daquelas que merecem uma releitura de tempos em tempos.Um sério candidato a  livro de cabeceira, no meu caso. Trata-se de uma  verdadeira declaração de amor aos livros e à leitura, recheada de referências ais clássicos da literatura inglesa, em particular à Jane Eyre, de Charlotte Brontë, que é quase que um livro de cabeceira meu. Margaret Lea, uma biógrafa que passou a vida toda cercada pelos livros antigos que o pai comercializava é contratada para relatar as memórias de uma célebre, porém reclusa, escritora inglesa. À beira da morte, Vida Winter narra a sua historia aos poucos... E enquanto isso, paralelamente, Margaret segue as pistas dadas nas entrelinhas dos segredos que Vida reluta em revelar, para compor o retrato completo daquela mulher brilhante e excêntrica. Uma trama sensacional.




Existe um filme, uma produção da BBC, com Vanessa Redgrave no papel da escritora reclusa Vida Winter. É um bom filme, mas é uma versão resumida demais do livro. Recomendo a leitura primeiro, para não estragar a surpresa do mistério do décimo-terceiro conto...


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